Oscar Wilde e o Príncipe Feliz, diante de Deus estão
A prestar contas de suas vidas
Esperando a salvação
No entanto suas dívidas
São maiores que a benção
Abrir velhas feridas
É necessário então
Depois de penas sofridas
É que vem a redenção
Sobre suas almas perdidas
A glória recai sobre Oscar Wilde
Escritor de grande sucesso
Tal como o Príncipe na cidade
Observa o regresso
Dos que, em humildade
Nada tem ao certo
A míséria em verdade
Do ser abjeto
Sem a sagacidade
De se sentir completo
Oscar Wilde conhece Bosie
Amizade ou algo mais
Além de qualquer nome
Que nunca se satisfaz
Em função do renome
De escritor de glórias tais
De quem tudo consome
Moral e bens materias
Doado por piedade
A quem por isto não lutais
Quanta dor nos traz
A constatação da felicidade
A culpa do que nos é apraz
Em confronto com a humildade
A vida bela e o que jaz
Em eterna dualidade
Além do que é capaz
Do limite da hombridade
Queres o que desfaz
De ti pela cidade
Oscar Wilde e o Príncipe
O criador e a critura
Desmembrar se permite
Vítima da própria candura
Do afeto que sentiste
Pelo abismo na estrtura
Humana, que é triste
Da felicidade permuta
Sensação do que viste
Gotas de lágrima na chuva
@móis, o Poeta Mendigo