As Ruas são Veias onde Corre o Sangue Podre da Cidade
Carros que Congestionam a Circulação da Grandiosa Moribunda
Aumentam a Pressão do Coração de Concreto
As Calçadas Acumulam Sujeira Gordurosa de Sentimentos Ambíguos
Há Seres Humanos Escarrados nos Postes da Afirmação
e há Dinheiro pra Confirmar o Ego
E as Pessoas podem Ser Algo a ser Exposto na Vitrine
Pois Elas não são Nada quando não Se Mostram
A Arrogância quer ser Alguém na Vida
As Faces são Nulas quando os Bolsos não estão Cheios
Os Passos Apressados são como os do Hamster na Gaiola
O Dinheiro é a Ração
Os Prédios são os Totens do Desenvolvimento
desta Evolução às Avessas
onde o Homem compra seu Encarceramento
Lâmpadas Iluminam Almas Obscuras trajadas na Última Moda
E Sorrisos Vazios Marcam Encontros por Interesse
em Lábios Sugados pela Aversão
Tudo isto e Muito Mais
Nesta Cidade que eu Vejo com a Intuição
Pois como Todos os Outros
Meus Olhos também foram Cegados pela Rotina
@móis, o Poeta Mendigo