quarta-feira, 8 de abril de 2009
Olho vocês que me enfurnaram numa gaiola de vidro
Com vidas emprestadas pra conferir
Instilando e enraizando o vício
Virtualizando o que se pode sentir
Querem ver meu espírito extinguir
Olho vocês que querem a minha morte
Tanta nescessidade de necrofilía
Eu aqui sobrevivo por sorte
Longe da bem-aventurança que queria
De tudo aquilo que perseguia
Olho vocês e sua faces inertes
Impondo seus modos de vida
Com a diferença não cedem um flerte
Essa amante, há muito preterida
Ansiosa por ser querida
Olho o Ser pela raiz ser cortado
O Ter como primeira regra geral
Por isso não passo de um coitado
Afundado neste lamaçal
Apenas por não ser igual
@móis, o Poeta Mendigo
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