segunda-feira, 25 de maio de 2009

OJERIZA

Escarro em seu Jeito
Esporro em seu Leito
Mijo em seu Estilo
Cago em seu Abrigo

Meu Ranho em seu Valor
Meu Vómito a seu Favor

Vem de minhas Entranhas a Ojeriza Incubada
Gosmenta e Fedorenta como numa Cagada

Meu Fedor como seu Gás Lacrimogênio
Minhas Secreções no Talento de seus Gênios
Minha Bílis sujando seus Clássicos
Meu Pus te corroendo como Ácido
Minha Revolta contra seu Asco
Minhas Paixões contra seu Cagaço

Vem de minhas Entranhas a Ojeriza Incubada
Gosmenta e Fedorenta como numa Cagada

Trago em meu Bojo; o Nojo, o Atentado ao Pudor e Roupas sem Grife
Contra seu Depósito de Torturas, Hipocrisías e Ternos Alinhados
Pego e dou uma Bica em seu Calcanhar de Aquiles
Se rompem seus Alicerces de Ossos e tudo terá se Acabado

@móis, o Poeta Mendigo
p/ Monstro Sist

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A REDE

VOCÊ É PEIXE E CAIU NA REDE
FORA DA ÁGUA MORRE DE SEDE
MAS INSISTE EM SE MANTER

NESTAS RAIAS DA CORRUPÇÃO
FORA DA LEI NÃO É LADRÃO
SÓ É PASSÍVEL DE SE CORROMPER

NESTA REDE EM QUE SE PESCA
GANANCIOSA DIGNIDADE QUE SE PRESTA
A VELHO COSTUME MESQUINHO

DE SE AFIRMAR COMO O MAIORAL
MOSTRAR QUE É O TAL
ALIMENTAR ORGULHO FRESQUINHO

BEM CONSERVADO NO PRAZO DE VALIDADE
ESCURRAÇANDO QUALQUER HUMILDADE
DESESPERADO PRA SE AUTO-AFIRMAR

COMO PEÇA INCLUSA NA MÁQUINA
COM A DESCULPA DE SER PRÁTICA
A ARTE DE SE SOBREPUJAR
@móis, o Poeta Mendigo

quinta-feira, 14 de maio de 2009

PRIMEIRO ATO

Feito de nada pra ser tudo
Jogado ao chão por uma porrada de idéias
Impulso ao pulso do féretro

Vomitado da Ordem
(indigestão e falta de talento)

Ele ali, estirado
Sendo mijado por cães

Os olhos estatelados
Tentando divisar a paisagem(céu de bosta)

Fedor em suas narinas e em seu corpo

Não há nada pra se chocar
Só há alguém ali
Escarrado

Ouve-se um grito: MERDA
E o espetáculo começa
Pessoas andam apressadas
Atrasadas
Sempre atrasadas

De repente; uma explosão
A cenografia é destruída
A produção, nos bastidores, é revelada
Os atores, revoltados, jogam fora seus narizes de Clown
Deixam sua deixas pra lá
Esquecem o que foi combinado no ensaio
E a apresentação se transforma num grotesco pastelão
... lhe sobra uma torta de pedras na cara

Ele continua ali, estirado no chão
Os olhos estatelados
Fedor em suas narinas e em seu corpo
A torta na cara

@móis, o Poeta mendigo

sábado, 2 de maio de 2009

MUSAS - nas TRAVAS DO ETERNO RECOMEÇO

Em meio a este mar de impressões
Estilos em "média", profiles superfíciais
Nesta onda que engole as percepções
Embutida nestes engodos estatais

Desta liberdade contida
Enquadrada dentro desta tela
Que preenche o vazio da vida
Válvula de escape que reverbera

Neste espaço exíguo me sinto defraudado
Reduzido a apenas um comunicado
Sem olhos para comtemplar
Sem nenhuma voz para escutar

E nesta superfície não tenho nada para oferecer
Pois tem que se mergulhar para entender
A amplitude do meu ser

POR ISSO SOLTEM AS TRAVAS DO ETERNO RECOMEÇO
DE ANTIGAS ÉPOCAS EM QUE ME ESQUEÇO
Sem esperar vidas para reencontrar
Este afeto preso no ar
Esperando despertar

Sentimentos antigos de outras eras
Vindos de outras esferas
Em que planos são traçados no universo
Mas no momento em que desperto
Estou no meio do deserto

E ao longe avisto uma miragem
Um quadro na galeria de minhas "marcações"
E saciar minha sede neste oásis
Vai além de quaisquer intenções

Neste oásis existe um templo
Dentro dele uma Sacerdotiza Virtual
Seus oráculos são lidos através do vento
Sopros de uma voz celestial

.... continua

@móis, o Poeta Mendigo