segunda-feira, 20 de junho de 2011

ENTÃO ESPERO

Com uma estranha calma
Meu desespero se esvaiu em todas as ânsias
Quando tudo era vácuo na compreênsão
Espero por que é o que me resta
Fui quebrado pra me curvar diante da verdade
Pois sou incapaz de me dobrar
Espero pois meu esboço está mais delineado
Há espaços entre seus traços a serem preenchidos com o tempo
Espero pela convergência
Um momento certo em que todos os fluxos são focados pra um só lugar
Num encontro em que as almas se entrelaçam
A contragosto cheguei até aqui
Fui trazido por correntezas de insatisfações
Pra este lugar em que o passado define o meu futuro
E não tenho mais pressa
Pois o tempo é de todos
Em seu devido tempo
E existem mais peixes a serem fisgados para nossa ceia
Então espero
Nesta prisão de pensamentos
Espero ser libertado por sua mão que resiste
Mas já tenho o olhar que desvenda minha alma
E me diz pra esperar
Então espero

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